Babel paulistana https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br Guia de cultura imigrante em São Paulo Mon, 06 Dec 2021 21:37:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Refugiados da Síria e do Congo vendem comida e artesanato em feira no metrô Santa Cruz https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/refugiados-vendem-comida-siria-e-tecidos-africanos-em-feira-no-metro-santa-cruz/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/refugiados-vendem-comida-siria-e-tecidos-africanos-em-feira-no-metro-santa-cruz/#respond Mon, 04 Oct 2021 20:31:38 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/2ca6177bf0f83f4b81cb09f1761a5453064cffa8854764c3ad883be090ff8442_60776504a437d_Easy-Resize.com_-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=352 Doces e salgados sírios, perfumes e artesanato árabes, tecidos africanos. Estes produtos estão à venda ao longo desta semana na Feira Cultural de Refugiados, na praça da estação do metrô Santa Cruz. 

A congolesa Prudence Kalambay e os sírios Hasan Albadoi e Anas Obaid são os refugiados que mostrarão seus produtos na feira, organizada pelo Instituto Adus, que atende imigrantes em São Paulo desde 2010, com a ViaMobilidade, concessionária responsável pela Linha 5-Lilás de metrô.

A  Feira Cultural de Refugiados vai até sexta-feira (8), das 10h às 16h. 

Feira Cultural de Refugiados: praça da Estação Santa Cruz de metrô; até 8.out

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Artistas refugiados transformam tapumes em galerias a céu aberto em SP  https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/artistas-refugiados-transformam-tapumes-em-galerias-a-ceu-aberto-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/artistas-refugiados-transformam-tapumes-em-galerias-a-ceu-aberto-em-sp/#respond Fri, 03 Sep 2021 18:03:48 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-03-at-15.02.56-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=333 Quem passa pela esquina das ruas Arthur de Azevedo e Antônio Bicudo, em Pinheiros, já deve ter reparado: os tons lisos e sem-graça dos tapumes de um prédio em construção deram lugar a murais coloridos com grandes rostos de crianças negras. 

Algumas usam máscaras; outras têm os cabelos trançados por mãos cuidadosas usando pulseiras. É a obra “Mães Africanas”, do artista angolano Paulo Chavonga.

Perto dali, nas proximidades da estação de metrô Fradique, outra série de murais exibe formas geométricas e rostos negros. São mais de 400 metros quadrados de pintura na avenida Rebouças e arredores. Os autores, os congoleses Israël Lavi e Shambuya, também são imigrantes que vivem em São Paulo.

Os murais fazem parte do projeto Cores do Mundo, da ONG Estou Refugiado, que insere esses imigrantes no mercado de trabalho.  A ideia é reunir artistas plásticos refugiados para pintar muros, fachadas, tapumes e outros espaços, criando galerias a céu aberto em cidades brasileiras.

Os artistas congoleses Israël Lavi e Shambuya pintam tapumes de obra em Pinheiros (Foto: Divulgação)

Segundo Luciana Capobiando, presidente da Estou Refugiado, trata-se de uma oportunidade de trabalho para esses profissionais, que foram prejudicados pela pandemia. “A iniciativa traz renovação urbana, levando para as cidades uma explosão de novas cores e formas, efervescência cultural, desenvolvimento econômico e, principalmente, oferece aos refugiados um espaço de exposição de seus trabalhos em verdadeiras vitrines urbanas”, afirma.

O projeto começou em empreendimentos da construtora Pedra Forte, primeira apoiadora do Cores do Mundo. A ONG busca outros parceiros para viabilizar a pintura de mais murais ao ar livre, com a participação de outros artistas refugiados.

Estou Refugiado: www.estourefugiado.org.br

E-mail de contato para interessados em apoiar o projeto e encomendar murais: contato@estourefugiado.org.br

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Colombiano abre restaurante em Pinheiros inspirado em García Márquez https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/11/02/colombiano-abre-restaurante-em-pinheiros-inspirado-em-garcia-marquez/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/11/02/colombiano-abre-restaurante-em-pinheiros-inspirado-em-garcia-marquez/#respond Mon, 02 Nov 2020 10:00:11 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/macondo1-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=286 Trabalhando com comida típica de seu país há cinco anos em São Paulo, o colombiano Jair Abril Rojas tinha a intenção de abrir um restaurante próprio em 2021. A pandemia antecipou seus planos: com a suspensão dos eventos em que fazia catering e o fechamento de espaços onde tinha trailers, ele decidiu montar um espaço fixo já neste ano e acaba de inaugurá-lo. 

O Macondo Raízes Colombianas foi aberto em outubro no bairro de Pinheiros. A fachada amarela, com grandes pássaros coloridos pintados pelo artista brasileiro Rafael Shine, chama a atenção na esquina da rua Cardeal Arcoverde com a Joaquim Antunes.

Além do nome do negócio —uma homenagem à aldeia fictícia criada pelo escritor Gabriel García Márquez—, a decoração interna remete ao universo do realismo fantástico de seu livro “Cem Anos de Solidão”. 

“Sempre quis apresentar a riqueza cultural colombiana, as cores, a literatura. Na decoração interna colocamos gaiolas abertas com flores, quadros de mulheres negras, algumas frases do livro”, diz Jair.

Para se adaptar aos tempos de pandemia, eles estão funcionando com 60% da capacidade (que é de 50 pessoas, no total), fizeram um treinamento específico de cuidados sanitários para os funcionários e fornecem álcool em gel, entre outras medidas.

O cardápio tem clássicos mais conhecidos do brasileiros, como arepas (o carro-chefe), empanadas, ceviches e patacones, e outros menos difundidos por aqui, como tamales (uma espécie de pamonha recheada), bandeja paisa (um “PF” típico) e ajiaco (sopa de batatas com frango). Para beber, a famosa limonada de coco e sucos de frutas colombianas.

Jair Rojas, colombiano dono do restaurante Macondo (Foto: Miguel Castaño/Divulgação)

Jair chegou ao país em 2012, como refugiado, e depois se casou com uma brasileira. Trabalhou inicialmente como cozinheiro em restaurantes baianos e vê semelhanças dessa culinária com alguns pratos colombianos —como o buñuelo de frijol cabecita negra, feito com feijão fradinho e típico do norte da Colômbia, que lembra o acarajé. 

Ele pretende usar seu novo espaço para promover eventos e parcerias com outros cozinheiros imigrantes e refugiados.

O restaurante também trabalha com entregas e com retirada no local.

Macondo Raízes Colombianas. R. Cardeal Arcoverde, 1361, Pinheiros, São Paulo. (11) 98616-4184 @macondo_raizes_colombianas

 

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Refugiados contam histórias árabes e venezuelanas em biblioteca de SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/09/refugiados-contam-historias-arabes-e-venezuelanas-em-biblioteca-de-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/09/refugiados-contam-historias-arabes-e-venezuelanas-em-biblioteca-de-sp/#respond Mon, 09 Dec 2019 13:55:22 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/Rawa-Alsagheer-Crédito-Pedro-Villa-20A6721-1_Easy-Resize.com-1-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=99 Nascida na Síria e filha de palestinos, Rawa Alsagheer organizava festas, filmes e atividades para crianças no campo de refugiados onde vivia, no país do Oriente Médio. Jornalista, Raul Siccalona chefiou a Cinemateca Nacional da Venezuela, foi diretor de teatro, TV e cinema e pesquisador de teatro terapêutico e música.  

A guerra e a crise econômica humanitária trouxeram Rawa e Raul para o Brasil. Aqui, encontraram uma oportunidade de seguir trabalhando com cultura em São Paulo. Ambos participam do projeto Deslocamento Criativo, da brasileira Maria Nilda Santos, que reúne imigrantes que atuam com economia criativa na cidade.

Uma das atividades do projeto é a contação de histórias. Nesta terça (10), eles se apresentarão às 17h30 na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros: Rawa contará histórias árabes adaptadas por escritores brasileiros e Raul, histórias venezuelanas. 

A atividade é parte do Seminário Municipal de Bibliotecas Públicas, que começou nesta segunda (9) e vai até quarta (11). Na terça, além da contação de histórias, haverá a intervenção cultural Sarau dos Refugiados, às 9h30, e a mesa temática Refúgios Diversos, com a participação de Maria Nilda.

Biblioteca Alceu Amoroso Lima (r. Henrique Schaumann, 777, Pinheiros, São Paulo); ter (10), às 9h30 (Sarau dos Refugiados), às 13h (Refúgios Diversos) e às 17h30 (Contação de Histórias)

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Happy hour multicultural terá drinques latinos e sírio tocando flamenco em SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/07/happy-hour-multicultural-tera-drinques-latinos-e-sirio-tocando-flamenco/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/07/happy-hour-multicultural-tera-drinques-latinos-e-sirio-tocando-flamenco/#respond Thu, 07 Nov 2019 12:00:57 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/abraço-cultural-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=24 Das várias organizações que atuam com imigrantes no Brasil, uma das minhas favoritas é o Abraço Cultural, uma escola de idiomas só com professores refugiados. As aulas, que ocorrem no Rio e em São Paulo, têm metodologia própria, focada na troca de experiências e na cultura do país de origem do professor. Dá para aprender inglês com uma síria, francês com um congolês ou espanhol com um venezuelano, por exemplo.

A cada dois meses, eles organizam uma festa aberta a não alunos, o Happy Hour Multicultural. A última do ano será nesta sexta (8), a partir das 19h, na sede da escola em São Paulo — uma casa de vila com quintal ao lado do metrô Fradique Coutinho.

O Abraço sempre convida imigrantes para exporem e venderem seus trabalhos. Desta vez, haverá comidas indiana e árabe, perfumes, tecidos, caligrafia e artesanato sírios e pintura de henna com uma sudanesa. Para refrescar, drinques latinos e limonada de coco colombiana.

Vai ter também apresentação de músicas flamencas pelo sírio Wessam Alkourdi, professor de inglês e violonista formado nesse ritmo espanhol na Academia Russa de Damasco.

Happy Hour Multicultural – R. dos Pinheiros, 706, casa 6, Pinheiros, São Paulo. Sex (8), das 19h às 23h. Grátis.

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Artesanato de indígenas venezuelanas estará à venda em museu de São Paulo https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/artesanato-de-indigenas-venezuelanas-estara-a-venda-em-museu-de-sao-paulo/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/artesanato-de-indigenas-venezuelanas-estara-a-venda-em-museu-de-sao-paulo/#respond Wed, 06 Nov 2019 04:00:06 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/20191105_173442-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=14 Não é à toa que os indígenas venezuelanos da etnia warao chamam o buriti de “árvore da vida”. Nativa da Amazônia dos dois lados da fronteira, a palmeira fornece matéria-prima para uma infinidade de usos: a medula do tronco é transformada em farinha; o fruto é consumido puro, como suco ou vinho; as larvas são consideradas uma iguaria e viram manteiga com fins medicinais; a madeira é utilizada para construir pisos e telhados de casas.

As fibras do buriti também são muito bem aproveitadas: nas hábeis mãos dos warao, elas viram cestos, bolsas, vasos, redes e bandejas, entre outros objetos.

A partir desta semana, quem mora em São Paulo poderá ver de perto e até levar para casa o artesanato que resulta desse saber ancestral. Na quinta-feira (7), será inaugurada no Museu A CASA, em Pinheiros, a exposição “Ojidu- Árvore da Vida Warao”, com cerca de 200 peças feitas por indígenas venezuelanos que vivem em Roraima.

Todos os objetos estarão à venda. “Apareçam cedo para garantir sua rede, provavelmente a melhor do mundo”, recomenda meu colega Fabiano Maisonnave, correspondente da Folha em Manaus, que é dono de quatro redes warao e, por um ano, só dormiu em uma delas. Ele também é autor de reportagem do ano passado sobre as dificuldades vividas pelos indígenas para fazer seu artesanato no Brasil.

Segundo maior povo indígena da Venezuela, os warao —nome que significa “povo da água”— foram obrigados a migrar, como tantos conterrâneos, fugindo da crise em seu país. Desde 2016, cerca de 4.500 deles vieram para o Brasil, estabelecendo-se especialmente em Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Ceará.

Duas artesãs virão para São Paulo participar de um bate-papo e um workshop na sexta (8), das 15h às 17h. Marcelina Bermudez e Hermínia Nuñes vivem no abrigo indígena de Pintolândia, em Boa Vista, e fazem parte de um grupo de 33 mulheres que vivem do artesanato do buriti.

Conversei com Marcelina por telefone, antes da viagem. Ela tem 50 anos e mora no Brasil desde 2018, com quatro dos seis filhos e seis dos 11 netos. O motivo que a trouxe para cá é o mesmo que fez tantos venezuelanos deixarem tudo para trás: “Minha família estava morrendo por falta de remédios, de comida. Precisava continuar adiante, trabalhar, manter quem sobrou”, contou.

Natural do Delta Amacuro, estado venezuelano que concentra a maioria dos warao, Marcelina aprendeu a fazer artesanato com a mãe, aos oito anos. Ela explica que existe todo um processo de preparação para transformar a árvore em arte. É preciso cortar os brotos, separar as fibras, cozinhá-las, lavá-las e secá-las ao sol, para só então começar a tecer.

“Devo ao buriti tudo o que eu tenho”, diz Marcelina, que está animada para sua primeira viagem a São Paulo. “Peço a Deus que a gente se saia bem lá.”

A exposição é uma parceria do museu com a agência da ONU para refugiados (Acnur), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a ONG Fraternidade- Federação Humanitária Internacional (FFHI), a União Europeia e o governo federal.

Ojidu-Árvore da Vida Warao – Museu A CASA do Objeto Brasileiro, av. Pedroso de Morais, 1.216, Pinheiros, São Paulo, tel.  3814-9711, www.acasa.org.br. Até 20/12. Livre. Abertura qui. (7) das 19h às 22h. Bate-papo e workshop com artesãs: sex. (8), inscrições em eventos2@acasa.com.br. Grátis.

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