Babel paulistana https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br Guia de cultura imigrante em São Paulo Mon, 06 Dec 2021 21:37:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Exposição fotográfica mostra dança e fé de bolivianos em SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/14/exposicao-fotografica-registra-danca-e-fe-de-bolivianos-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/14/exposicao-fotografica-registra-danca-e-fe-de-bolivianos-em-sp/#respond Tue, 14 Sep 2021 10:00:48 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/7_Easy-Resize.com_-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=344 O trabalho, a festa, a religiosidade: esses três aspectos centrais na vida da comunidade boliviana em São Paulo estão reunidos e representados visualmente em uma exposição no Centro Cultural da Penha –bairro da zona leste onde moram muitos imigrantes dessa nacionalidade.

A mostra “A migração boliviana em São Paulo/Brasil” traz 20 fotografias de autoria do sociólogo e fotojornalista Eduardo Schwartzberg, ele próprio um imigrante boliviano que mora na cidade. As fotos são parte da dissertação de mestrado defendida por Schwartzberg pelo programa de estudos culturais da USP. 

Segundo ele, a exposição representa a forte religiosidade dos bolivianos, tanto em relação à fé católica quanto a costumes dos povos tradicionais. “Na Bolívia existe a tradição que vem do processo colonial, mas ao mesmo tempo a maioria das pessoas tem uma ascendência indígena muito forte. E essa mistura é trazida também para o Brasil.”

Foto da exposição de Eduardo Schwartzberg no Centro Cultural da Penha

Muitas imagens representam os grupos de morenada, dança típica bastante ligada ao status dentro da comunidade. “Para dançar, tem que pertencer a fraternidades, comprar vestimentas caras, dar contribuições. É a dança dos donos das oficinas de cultura, não dos operários”, explica Schwartzberg.

O curador afirma que essas estratégias de reconhecimento social por meio da dança que hoje são usadas pelos imigrantes já aconteciam nas décadas de 1930, 1940 e 1950 dentro da Bolívia, com os camponeses que chegavam à cidade de La Paz e sofriam discriminação. 

Foto da exposição de Eduardo Schwartzberg no Centro Cultural da Penha

Mas não é só o aspecto econômico que está envolvido. A festa também é uma expressão da religiosidade. “Os bolivianos demonstram sua fé dançando”, completa.

A exposição vai até 11 de novembro, com entrada gratuita e lotação reduzida de até 15 pessoas por vez.

A migração boliviana em São Paulo/Brasil. Centro Cultural Penha. Largo do Rosário, 20, Penha de França, São Paulo. www.instagram.com/ccpenha/

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Artistas refugiados transformam tapumes em galerias a céu aberto em SP  https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/artistas-refugiados-transformam-tapumes-em-galerias-a-ceu-aberto-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/artistas-refugiados-transformam-tapumes-em-galerias-a-ceu-aberto-em-sp/#respond Fri, 03 Sep 2021 18:03:48 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-03-at-15.02.56-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=333 Quem passa pela esquina das ruas Arthur de Azevedo e Antônio Bicudo, em Pinheiros, já deve ter reparado: os tons lisos e sem-graça dos tapumes de um prédio em construção deram lugar a murais coloridos com grandes rostos de crianças negras. 

Algumas usam máscaras; outras têm os cabelos trançados por mãos cuidadosas usando pulseiras. É a obra “Mães Africanas”, do artista angolano Paulo Chavonga.

Perto dali, nas proximidades da estação de metrô Fradique, outra série de murais exibe formas geométricas e rostos negros. São mais de 400 metros quadrados de pintura na avenida Rebouças e arredores. Os autores, os congoleses Israël Lavi e Shambuya, também são imigrantes que vivem em São Paulo.

Os murais fazem parte do projeto Cores do Mundo, da ONG Estou Refugiado, que insere esses imigrantes no mercado de trabalho.  A ideia é reunir artistas plásticos refugiados para pintar muros, fachadas, tapumes e outros espaços, criando galerias a céu aberto em cidades brasileiras.

Os artistas congoleses Israël Lavi e Shambuya pintam tapumes de obra em Pinheiros (Foto: Divulgação)

Segundo Luciana Capobiando, presidente da Estou Refugiado, trata-se de uma oportunidade de trabalho para esses profissionais, que foram prejudicados pela pandemia. “A iniciativa traz renovação urbana, levando para as cidades uma explosão de novas cores e formas, efervescência cultural, desenvolvimento econômico e, principalmente, oferece aos refugiados um espaço de exposição de seus trabalhos em verdadeiras vitrines urbanas”, afirma.

O projeto começou em empreendimentos da construtora Pedra Forte, primeira apoiadora do Cores do Mundo. A ONG busca outros parceiros para viabilizar a pintura de mais murais ao ar livre, com a participação de outros artistas refugiados.

Estou Refugiado: www.estourefugiado.org.br

E-mail de contato para interessados em apoiar o projeto e encomendar murais: contato@estourefugiado.org.br

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Irmãs, bolivianas, costureiras e rappers: trio Santa Mala faz show nesta quinta https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/03/irmas-bolivianas-costureiras-e-rappers-trio-santa-mala-faz-show-nesta-quinta/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/03/irmas-bolivianas-costureiras-e-rappers-trio-santa-mala-faz-show-nesta-quinta/#respond Tue, 03 Dec 2019 13:51:14 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/santa-mala-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=94 Conheci as irmãs do trio Santa Mala numa entrevista para a série Imigrantes de SP (que atualizamos toda semana com novos personagens, acompanhem). Os bolivianos estão entre os imigrantes mais numerosos na cidade, eu procurava algum com perfil interessante e, quando soube que havia três irmãs costureiras rappers dessa nacionalidade morando aqui, vi que tinha achado a história que queria.

Jenny, Pamela e Abigail Llanque passaram em SP todas as dificuldades que tantos bolivianos passam. A mais velha chegou aos 15 anos, trabalhou em condições precaríssimas numa confecção, toda aquela situação que estamos acostumados a ver, infelizmente. Elas já gostavam de música em La Paz, onde moravam, e no Brasil criaram o trio de rap com esse nome (uma mistura de “santa” e “má”, que é o que significa “mala” em espanhol).

A entrevista foi na casa da Abigail. Tem um estúdio no fundo, logo depois da sala da pequena confecção que ela montou pra família, e lá a gente gravou a cena que nunca saiu da minha cabeça: as três no sofá cantando um rap, uma delas amamentando seu bebê de apenas um mês, a outra com a filhinha de cinco anos na frente. As vozes, antes tímidas, se transformaram ali na nossa frente. A letra era em espanhol e falava de sua terra natal, de orgulho, de feminismo, de imigração. Achei aquilo de um poder imenso.

Pois o Santa Mala vai fazer um show nesta quinta (5) em São Paulo, no Centro Cultural Olido, bem no centro da cidade. Elas serão acompanhadas pela apresentação audiovisual do VJ Oigres, vídeo artista colombiano radicado no Brasil. Vai das 20h às 21h e é de graça.

Centro Cultural Olido- Sala Olido (av. São João, 473, Centro, São Paulo). Qui (5), às 20h. Grátis.  

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Imigrantes marcharão por seus direitos na avenida Paulista neste domingo https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/30/imigrantes-marcharao-por-seus-direitos-na-avenida-paulista-neste-domingo/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/30/imigrantes-marcharao-por-seus-direitos-na-avenida-paulista-neste-domingo/#respond Sat, 30 Nov 2019 11:00:14 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/WhatsApp-Image-2019-11-28-at-19.33.48-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=89 Imigrantes de várias nacionalidades irão à avenida Paulista neste domingo (1) para a 13a edição de uma tradicional manifestação em prol de seus direitos. 

A Marcha dos Imigrantes e Refugiados começou em 2007, quando um grupo de bolivianos se reuniu na praça Kantuta, onde são realizados muitos eventos dessa comunidade em São Paulo. 

Desde então, o movimento cresceu, ganhou adeptos de vários países além de brasileiros que apoiam a causa e passou a acontecer todo ano entre o fim de novembro e o início de dezembro. 

A cada ano têm participado cerca de 4.000 pessoas, principalmente de países da América Latina e da África, conta o brasileiro Alex Vargem, membro do comitê organizador. Associações e coletivos de imigrantes, grupos folclóricos e outras organizações que lidam com a temática ajudam a promover a marcha. 

O tema desta vez é “Livres com direitos em qualquer lugar do mundo”, e algumas bandeiras serão a luta contra a xenofobia e contra as taxas abusivas para se regularizar, pela facilitação na revalidação de diplomas e pelo direito de votar e ser votado.

O microfone é aberto a discursos, poemas e músicas cantadas pelos participantes. 

O percurso começa no Masp às 14h e vai até a rua Augusta, retornando em seguida. 

A marcha é realizada nesta época do ano por causa do Dia Internacional do Imigrante, escolhido pela ONU, que é em 18 de dezembro.

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Drama de imigrantes que atravessam Mediterrâneo é tema de peça em SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/14/drama-de-imigrantes-que-atravessam-mediterraneo-e-tema-de-peca-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/14/drama-de-imigrantes-que-atravessam-mediterraneo-e-tema-de-peca-em-sp/#respond Thu, 14 Nov 2019 10:00:07 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/48724647093_755b933368_c1-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=53 Por sua localização próxima à África, a ilha de Lampedusa, na Itália, se tornou uma das portas de entrada de imigrantes que querem chegar à Europa. São de lá muitas daquelas fotos que vemos nos noticiários de embarcações precárias superlotadas de pessoas que encaram a travessia arriscada no Mediterrâneo para fugir de uma realidade ainda mais dura.

Em 2009, o dramaturgo italiano Marco Martinelli transformou esse drama na peça de teatro “Barulho D’Água”. Dez anos depois, o tema continua atualíssimo e está sendo encenado por um grupo brasileiro, a Companhia Nova de Teatro.

Se na versão original o depoimento real de cinco imigrantes foi contado em um monólogo por um general, na versão brasileira os refugiados são interpretados por atores. No elenco, Alexandre Rodrigues, o Buscapé do filme Cidade de Deus, e o ator e bailarino de Cabo Verde Amaury Filho de Reis, que vive no Brasil.

A companhia já trabalhou com o tema da migração anteriormente: 14 bolivianos entraram em cena no espetáculo “Caminos Invisibles… La Partida”, de 2011, sobre a onda de imigração de sul-americanos para a cidade de São Paulo.

As apresentações de “Barulho D´Água” serão neste fim de semana, de sexta a domingo, no teatro João Caetano.

Teatro João Caetano: R. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, São Paulo; tel. (11) 5573-3774. Sex. (15) e sáb. (16) às 21h. Dom. (17) às 19h. Preço: R$ 30 (inteira). 16 anos.

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Bom Retiro recebe feira gastronômica com comidas de 7 países https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/09/bom-retiro-recebe-feira-gastronomica-com-comidas-de-7-paises/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/09/bom-retiro-recebe-feira-gastronomica-com-comidas-de-7-paises/#respond Sat, 09 Nov 2019 11:00:43 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/samosas-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=45 São Paulo recebe este fim de semana a 2ª Conferência Municipal de Políticas para Imigrantes, um dos eventos mais importantes a discutir políticas públicas para essa população na cidade. A conferência é na Faculdade Zumbi dos Palmares, no Bom Retiro bairro conhecido por ser moradia para muitos estrangeiros na cidade.

Ali do lado, no Centro Esportivo Tietê, paralelamente ao encontro haverá uma feira gastronômica com tendas e food trucks na hora do almoço. Os imigrantes, selecionados para participar por meio de edital, venderão comidas de sete nacionalidades diferentes: boliviana, peruana, iraquiana, síria, sírio-palestina, ugandense e indiana. 

Junto com a feira, das 12h às 13h30 músicos e outros artistas imigrantes, de países como Colômbia, Venezuela, Congo, Moçambique e Síria, farão apresentações em um sarau.

Tanto a conferência quanto a feira e o sarau são abertos ao público e têm entrada gratuita.

Feira Gastronômica e Sarau no Centro Esportivo Tietê – Ginásio de Vôlei (Av. Santos Dumont, 843, Bom Retiro). Sáb. (9) e dom. (10), das 11h às 15h. www.prefeitura.sp.gov.br/conferencia_imigrantes; Grátis

 

 

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Happy hour multicultural terá drinques latinos e sírio tocando flamenco em SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/07/happy-hour-multicultural-tera-drinques-latinos-e-sirio-tocando-flamenco/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/07/happy-hour-multicultural-tera-drinques-latinos-e-sirio-tocando-flamenco/#respond Thu, 07 Nov 2019 12:00:57 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/abraço-cultural-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=24 Das várias organizações que atuam com imigrantes no Brasil, uma das minhas favoritas é o Abraço Cultural, uma escola de idiomas só com professores refugiados. As aulas, que ocorrem no Rio e em São Paulo, têm metodologia própria, focada na troca de experiências e na cultura do país de origem do professor. Dá para aprender inglês com uma síria, francês com um congolês ou espanhol com um venezuelano, por exemplo.

A cada dois meses, eles organizam uma festa aberta a não alunos, o Happy Hour Multicultural. A última do ano será nesta sexta (8), a partir das 19h, na sede da escola em São Paulo — uma casa de vila com quintal ao lado do metrô Fradique Coutinho.

O Abraço sempre convida imigrantes para exporem e venderem seus trabalhos. Desta vez, haverá comidas indiana e árabe, perfumes, tecidos, caligrafia e artesanato sírios e pintura de henna com uma sudanesa. Para refrescar, drinques latinos e limonada de coco colombiana.

Vai ter também apresentação de músicas flamencas pelo sírio Wessam Alkourdi, professor de inglês e violonista formado nesse ritmo espanhol na Academia Russa de Damasco.

Happy Hour Multicultural – R. dos Pinheiros, 706, casa 6, Pinheiros, São Paulo. Sex (8), das 19h às 23h. Grátis.

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