Babel paulistana https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br Guia de cultura imigrante em São Paulo Mon, 06 Dec 2021 21:37:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Colombiano abre restaurante em Pinheiros inspirado em García Márquez https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/11/02/colombiano-abre-restaurante-em-pinheiros-inspirado-em-garcia-marquez/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/11/02/colombiano-abre-restaurante-em-pinheiros-inspirado-em-garcia-marquez/#respond Mon, 02 Nov 2020 10:00:11 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/macondo1-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=286 Trabalhando com comida típica de seu país há cinco anos em São Paulo, o colombiano Jair Abril Rojas tinha a intenção de abrir um restaurante próprio em 2021. A pandemia antecipou seus planos: com a suspensão dos eventos em que fazia catering e o fechamento de espaços onde tinha trailers, ele decidiu montar um espaço fixo já neste ano e acaba de inaugurá-lo. 

O Macondo Raízes Colombianas foi aberto em outubro no bairro de Pinheiros. A fachada amarela, com grandes pássaros coloridos pintados pelo artista brasileiro Rafael Shine, chama a atenção na esquina da rua Cardeal Arcoverde com a Joaquim Antunes.

Além do nome do negócio —uma homenagem à aldeia fictícia criada pelo escritor Gabriel García Márquez—, a decoração interna remete ao universo do realismo fantástico de seu livro “Cem Anos de Solidão”. 

“Sempre quis apresentar a riqueza cultural colombiana, as cores, a literatura. Na decoração interna colocamos gaiolas abertas com flores, quadros de mulheres negras, algumas frases do livro”, diz Jair.

Para se adaptar aos tempos de pandemia, eles estão funcionando com 60% da capacidade (que é de 50 pessoas, no total), fizeram um treinamento específico de cuidados sanitários para os funcionários e fornecem álcool em gel, entre outras medidas.

O cardápio tem clássicos mais conhecidos do brasileiros, como arepas (o carro-chefe), empanadas, ceviches e patacones, e outros menos difundidos por aqui, como tamales (uma espécie de pamonha recheada), bandeja paisa (um “PF” típico) e ajiaco (sopa de batatas com frango). Para beber, a famosa limonada de coco e sucos de frutas colombianas.

Jair Rojas, colombiano dono do restaurante Macondo (Foto: Miguel Castaño/Divulgação)

Jair chegou ao país em 2012, como refugiado, e depois se casou com uma brasileira. Trabalhou inicialmente como cozinheiro em restaurantes baianos e vê semelhanças dessa culinária com alguns pratos colombianos —como o buñuelo de frijol cabecita negra, feito com feijão fradinho e típico do norte da Colômbia, que lembra o acarajé. 

Ele pretende usar seu novo espaço para promover eventos e parcerias com outros cozinheiros imigrantes e refugiados.

O restaurante também trabalha com entregas e com retirada no local.

Macondo Raízes Colombianas. R. Cardeal Arcoverde, 1361, Pinheiros, São Paulo. (11) 98616-4184 @macondo_raizes_colombianas

 

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Imigrantes oferecem delivery de comidas do mundo com playlist de músicas típicas em SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/08/03/imigrantes-oferecem-delivery-de-comidas-do-mundo-com-musica-tipica-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/08/03/imigrantes-oferecem-delivery-de-comidas-do-mundo-com-musica-tipica-em-sp/#respond Mon, 03 Aug 2020 20:32:22 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-07-28-at-21.15.09-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=263  

 

Um dos pratos servidos no delivery é o kharcho, da Armênia; feito com frango, champignon, batata e lentilha, é acompanhado de arroz com passas, ameixa e amendoim (Foto: Divulgação)

Capitaneado pela refugiada síria Joanna Ibrahim, o projeto Open Taste, que treina cozinheiros refugiados e imigrantes para trabalhar com catering em eventos, se preparava para abrir um restaurante em São Paulo quando veio a pandemia.

Com as restrições ligadas à quarentena, a empresa social adaptou seus planos e lançou, no mês passado, um delivery de comidas do mundo.

A cada dia da semana, é oferecido o cardápio de um país: México às segundas-feiras, Síria às terças, Armênia às quartas, Congo às quintas, Venezuela às sextas e Colômbia aos sábados.

 

A cozinheira síria Salsabil em um dos eventos do Open Taste (Divulgação)

 

 Um detalhe simpático: o cliente ganha o link para uma playlist do país de origem dos chefs, para acompanhar a refeição com músicas típicas.

O Open Taste também criou cursos virtuais para quem quer aprender a fazer em casa alguns dos pratos feitos por imigrantes. Entre as opções, burritos mexicanos, patacones colombianos e tequenhos venezuelanos.

Delivery de comida pelo aplicativo iFood neste link

Cursos online de gastronomia neste link

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‘Catering cultural’: empresas contratam chefs imigrantes para eventos de fim de ano https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/29/catering-cultural-empresas-contratam-buffets-de-imigrantes-para-eventos-de-fim-de-ano/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/29/catering-cultural-empresas-contratam-buffets-de-imigrantes-para-eventos-de-fim-de-ano/#respond Fri, 29 Nov 2019 10:30:25 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/raizes_na_cidade_junho_2019-25_Easy-Resize.com_-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=85 Empresas que querem dar um toque multicultural aos eventos de fim de ano podem contratar um tipo diferente de buffet para seus eventos: comidas do mundo feitas por imigrantes.

Há vários estrangeiros que oferecem esse tipo de serviço em São Paulo. Alguns já trabalhavam como cozinheiros em seus países; outros recorreram à culinária típica e a receitas de família como uma forma de recomeçar a vida por aqui.

A ONG Migraflix reuniu um grupo deles em um serviço que foi batizado de “catering cultural”. Os imigrantes recebem treinamento profissional em gastronomia, legislação, normas de higiene, educação financeira e outras competências de empreendedorismo. 

Uma equipe da organização cuida da logística e do controle de qualidade. “Trabalhamos com empresas grandes, muitas delas multinacionais, que exigem um serviço de alto padrão”, diz Jonathan Berezovsky, fundador e diretor da Migraflix e ele próprio um imigrante –nascido na argentina. Companhias como Facebook, Uber, Roche e Western Union já contrataram o serviço. 

Atualmente, o ‘catering cultural’ inclui em seu cadastro 16 chefs de nove países. Tem arepas venezuelanas (escrevi uma reportagem sobre esse tipo de comida aqui), quitutes sírios, ceviche peruano, além de opções da Bolívia, Colômbia, Índia, México, Paquistão e Uganda. Dependendo da quantidade de participantes, dá para contratar comidas de mais de um país em um mesmo evento.

O diferencial, diz Jonathan, é a possibilidade de interação dos imigrantes com os convidados. São eles que servem as comidas e podem conversar com quem se interessar em saber mais sobre sua história. “É toda uma experiência, uma viagem pelo mundo experimentando sabores e um compartilhamento cultural”, afirma.  

Segundo ele, a demanda aumenta no fim do ano,  principalmente para eventos grandes, para mais de cem pessoas. No ano que vem, o plano é expandir dentro e fora de São Paulo e começar a oferecer o serviço em outras capitais.

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Ibirapuera terá ‘restaurante do mundo’ com comidas de 6 países https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/22/ibirapuera-tera-restaurante-do-mundo-com-comida-de-6-paises/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/22/ibirapuera-tera-restaurante-do-mundo-com-comida-de-6-paises/#respond Fri, 22 Nov 2019 13:42:14 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/Margarita-Sandwich_RestauranteMundo-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=59 Um “restaurante do mundo” com comida de seis países vai funcionar neste fim de semana no prédio da Bienal, no parque Ibirapuera.

Dez chefs imigrantes que vivem aqui e são de Uganda, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Síriavenderão pratos típicos de seus países na Virada da Virada, evento das ONGs Graac e Turma do Bem que promoverá o voluntariado.

Eles estarão no mezanino do prédio, onde o acesso será aberto ao público e gratuito.

Haverá também apresentação de artistas imigrantes: a música haitiana de Charles Obas, o design africano do congolês Duchelier Mahonza, a dança colombiana de Maricela Cardona, o alaúde sírio de Rajana Olba, além de shows de música ou dança da Venezuela, Bolívia, Congo e África do Sul.

Para quem comprar ingresso para as palestras do evento, uma delas será com Maha Mamo, que chegou ao Brasil como apátrida e falará sobre como é viver por anos sem uma nacionalidade hoje, ela tem a cidadania brasileira.

Restaurante do Mundo na Virada da Virada. Fundação Bienal (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n). Sáb. (23) e dom. (24), das 9h às 22h. Grátis. www.viradadavirada.com.br 

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