Babel paulistana https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br Guia de cultura imigrante em São Paulo Mon, 06 Dec 2021 21:37:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Artistas refugiados transformam tapumes em galerias a céu aberto em SP  https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/artistas-refugiados-transformam-tapumes-em-galerias-a-ceu-aberto-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/artistas-refugiados-transformam-tapumes-em-galerias-a-ceu-aberto-em-sp/#respond Fri, 03 Sep 2021 18:03:48 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-03-at-15.02.56-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=333 Quem passa pela esquina das ruas Arthur de Azevedo e Antônio Bicudo, em Pinheiros, já deve ter reparado: os tons lisos e sem-graça dos tapumes de um prédio em construção deram lugar a murais coloridos com grandes rostos de crianças negras. 

Algumas usam máscaras; outras têm os cabelos trançados por mãos cuidadosas usando pulseiras. É a obra “Mães Africanas”, do artista angolano Paulo Chavonga.

Perto dali, nas proximidades da estação de metrô Fradique, outra série de murais exibe formas geométricas e rostos negros. São mais de 400 metros quadrados de pintura na avenida Rebouças e arredores. Os autores, os congoleses Israël Lavi e Shambuya, também são imigrantes que vivem em São Paulo.

Os murais fazem parte do projeto Cores do Mundo, da ONG Estou Refugiado, que insere esses imigrantes no mercado de trabalho.  A ideia é reunir artistas plásticos refugiados para pintar muros, fachadas, tapumes e outros espaços, criando galerias a céu aberto em cidades brasileiras.

Os artistas congoleses Israël Lavi e Shambuya pintam tapumes de obra em Pinheiros (Foto: Divulgação)

Segundo Luciana Capobiando, presidente da Estou Refugiado, trata-se de uma oportunidade de trabalho para esses profissionais, que foram prejudicados pela pandemia. “A iniciativa traz renovação urbana, levando para as cidades uma explosão de novas cores e formas, efervescência cultural, desenvolvimento econômico e, principalmente, oferece aos refugiados um espaço de exposição de seus trabalhos em verdadeiras vitrines urbanas”, afirma.

O projeto começou em empreendimentos da construtora Pedra Forte, primeira apoiadora do Cores do Mundo. A ONG busca outros parceiros para viabilizar a pintura de mais murais ao ar livre, com a participação de outros artistas refugiados.

Estou Refugiado: www.estourefugiado.org.br

E-mail de contato para interessados em apoiar o projeto e encomendar murais: contato@estourefugiado.org.br

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Sem aulas na guerra síria, ela bordava para passar o tempo; agora, vende suas peças no Brasil https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/08/19/sem-aulas-na-guerra-siria-ela-bordava-para-passar-o-tempo-agora-vende-suas-pecas-no-brasil/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/08/19/sem-aulas-na-guerra-siria-ela-bordava-para-passar-o-tempo-agora-vende-suas-pecas-no-brasil/#respond Wed, 19 Aug 2020 18:37:09 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-08-19-at-11.37.17-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=269 No início da guerra da Síria, em 2011, Rahaf Hussin, 23, então adolescente, passou um ano sem ir à escola. Em casa o dia todo, sem energia elétrica nem internet, começou a bordar junto com a mãe para passar o tempo. 

“Foram dias difíceis, mas ela me ensinou uma coisa bonita. Bordávamos com a luz do sol ou com a luz de velas”, conta ela.

No Brasil, onde vive há três anos, os bordados que Rahaf antes fazia por hobby ou para presentear amigos e familiares se converteram em meio de vida.

“Não consigo trabalhar fora de casa por causa das condições atuais e também porque tenho uma filha pequena. Então decidi começar meu pequeno projeto pessoal”, diz. 

Rahaf é palestina, como seus pais e avós, e faz um ponto de bordado típico de lá. A técnica inclui estampas, cores e formas específicas de cada região ou com significados diferentes. 

“O bordado é uma herança dos nossos avós, que enfeitavam suas próprias roupas e os móveis da casa”, explica Rahaf, acrescentando que, com o passar dos anos e o surgimento das oficinas de costura, tornou-se algo raro. “Hoje há pouquíssimas pessoas que ainda fazem o bordado porque é um trabalho difícil e exige esforço, mas muita gente gosta de comprá-lo como algo valioso, um patrimônio”, completa.

Marcador de livro bordado por Rahaf (Foto: Divulgação/Artes do Patrimônio)

 

Ela batizou seu negócio de Artes do Patrimônio. Entre as peças que vende, há bolsas, marcadores de livros, necessaires, quadros, roupas, almofadas, chaveiros, colares e lembrancinhas de casamento e nascimento de bebês. As entregas podem ser feitas pessoalmente, em São Paulo, ou pelo correio. 

Artes do Patrimônio: FacebookInstagram; (11) 97749-6686; rahafraame@gmail.com

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Ibirapuera terá ‘restaurante do mundo’ com comidas de 6 países https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/22/ibirapuera-tera-restaurante-do-mundo-com-comida-de-6-paises/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/11/22/ibirapuera-tera-restaurante-do-mundo-com-comida-de-6-paises/#respond Fri, 22 Nov 2019 13:42:14 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/Margarita-Sandwich_RestauranteMundo-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=59 Um “restaurante do mundo” com comida de seis países vai funcionar neste fim de semana no prédio da Bienal, no parque Ibirapuera.

Dez chefs imigrantes que vivem aqui e são de Uganda, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Síriavenderão pratos típicos de seus países na Virada da Virada, evento das ONGs Graac e Turma do Bem que promoverá o voluntariado.

Eles estarão no mezanino do prédio, onde o acesso será aberto ao público e gratuito.

Haverá também apresentação de artistas imigrantes: a música haitiana de Charles Obas, o design africano do congolês Duchelier Mahonza, a dança colombiana de Maricela Cardona, o alaúde sírio de Rajana Olba, além de shows de música ou dança da Venezuela, Bolívia, Congo e África do Sul.

Para quem comprar ingresso para as palestras do evento, uma delas será com Maha Mamo, que chegou ao Brasil como apátrida e falará sobre como é viver por anos sem uma nacionalidade hoje, ela tem a cidadania brasileira.

Restaurante do Mundo na Virada da Virada. Fundação Bienal (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n). Sáb. (23) e dom. (24), das 9h às 22h. Grátis. www.viradadavirada.com.br 

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