Dona de uma agência de tours especializados chamada Sob Olhares SP, Stamatia juntou essas duas experiências para criar o roteiro Bom Retiro Arquitetônico e Gastronômico, no qual leva visitantes para conhecer ruas, edifícios e comércios icônicos da região.

O passeio a pé dura cerca de três horas e é guiado por informações históricas, arquitetônicas e culturais. Entre os pontos de parada, estão uma doceria iugoslava, uma igreja centenária, um centro cultural judaico, um restaurante grego, um café premiado, um mercado coreano e uma antiga vila operária que hoje é habitada por imigrantes latino-americanos.

Enquanto guia os visitantes, Stamatia é cumprimentada por conhecidos na rua –um deles brinca que ela é praticamente uma “embaixadora” do bairro.

O próximo tour será neste sábado (27), às 14h, e custa R$ 50 por pessoa.

Inscrições pelo email kouli@uol.com.br ou via direct no Instagram @sobolharessp.

Localizado na antiga Hospedaria de Imigrantes do Brás —um edifício histórico com jardim que abrigou estrangeiros recém-chegados ao Brasil de 1887 a 1978—, o museu rende uma visita interessante em qualquer época do ano, mas neste mês de janeiro tem como atrativo extra um espaço lúdico específico para os pequenos e algumas atividades de férias. Além disso, foi inaugurado recentemente no prédio uma sala de leitura infantil muito boa, com mobiliários e livros novinhos em folha. 

O espaço lúdico infantil, que fica até 2 de fevereiro (de quarta a domingo, das 11h às 17h), tem brinquedos educativos, piscina de bolinhas, cama elástica e fantoches. É para crianças de até dez anos, que devem estar acompanhadas dos responsáveis. 

A programação de férias traz, nesta quarta (15 de janeiro), contação de histórias e oficina de bordado para adultos e crianças a partir de seis anos, ambas às 15h  (informações aqui). A outra atividade prevista, de pintura para bebês no jardim, já está com vagas esgotadas.

Um hit entre os pequenos que acontece o ano todo é o passeio de maria-fumaça, organizado aos sábados, domingos e feriados pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária. Dura só 25 minutos e é praticamente uma volta no quarteirão, mas faz sucesso por causa da experiência de andar em um trem de verdade. O percurso passa por outros vagões antigos desativados, e há explicação sobre cada um deles. As partidas são a cada hora, das 10h30 às 16h. 

Na minha última visita, há duas semanas, pude conhecer também o novo espaço de leitura. É uma sala não muito grande, mas superconvidativa, com nichos acolchoados coloridos para sentar ou deitar, um deles em forma de barco com acesso por uma escadinha. Minha filha correu lá pra dentro assim que viu aquelas cores e livros todos.

São cerca de mil obras, que ficam em estantes baixas, ao alcance das crianças. A curadoria é caprichada: vi muitos livros de boas editoras, com ilustrações e textos de ótima qualidade.

Há um espaço reservado para aqueles que abordam a temática do museu: refugiados, histórias tradicionais de outros países e exemplares da coleção Imigrantes do Brasil (Panda Books), com títulos como “Meu avô japonês”, “Meu avô africano” e “Meu avô italiano”.

O acervo principal do museu também é atraente para as crianças porque tem vídeos e displays interativos e dois grandes móveis cheios de gavetas com documentos históricos que elas adoram abrir e fechar. As que já sabem ler se divertem procurando sobrenomes conhecidos em uma grande parede que reúne 12 mil deles, os mais buscados no acervo da instituição. 

Se bater fome, o edifício tem a Cantina, cafeteria charmosa com opções de brunch e salgados de qualidade (e preços um pouco altos também).

Dá para chegar ao museu de metrô: a estação Bresser-Mooca (linha vermelha) fica ao lado.

Museu da Imigração (r. Visconde de Parnaíba, 1316, Mooca, São Paulo). Ter. a sáb. das 9h às 17h, e dom. das 10h às 17h. Ingressos: de R$ 5 a R$ 10 (museu), grátis aos sábados. O passeio de maria-fumaça é pago à parte (R$ 30). museudaimigracao.org.br