Babel paulistana https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br Guia de cultura imigrante em São Paulo Mon, 06 Dec 2021 21:37:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Filha de gregos, arquiteta guia tour pelo Bom Retiro gastronômico e histórico https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/arquiteta-filha-de-gregos-guia-tour-pelo-bom-retiro-gastronomico-e-historico/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/arquiteta-filha-de-gregos-guia-tour-pelo-bom-retiro-gastronomico-e-historico/#respond Wed, 24 Nov 2021 16:13:28 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-22-at-12.24.23-3-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=378 Arquiteta com pós-doutorado na USP, Stamatia Koulioumba pesquisa há anos a história e os edifícios do Bom Retiro. Para além da questão técnica, porém, ela tem uma relação pessoal com seu objeto de estudo: filha de gregos, nasceu, foi criada e ainda vive no bairro conformado por diversas comunidades imigrantes no centro de São Paulo, onde conhece alguns comerciantes e moradores desde sua infância. 

Dona de uma agência de tours especializados chamada Sob Olhares SP, Stamatia juntou essas duas experiências para criar o roteiro Bom Retiro Arquitetônico e Gastronômico, no qual leva visitantes para conhecer ruas, edifícios e comércios icônicos da região.

Miki e Davi, donos da doceria Burikita, no Bom Retiro (Foto: Rubens Cavallari/Folhapress)

O passeio a pé dura cerca de três horas e é guiado por informações históricas, arquitetônicas e culturais. Entre os pontos de parada, estão uma doceria iugoslava, uma igreja centenária, um centro cultural judaico, um restaurante grego, um café premiado, um mercado coreano e uma antiga vila operária que hoje é habitada por imigrantes latino-americanos.

 

Colégio de Santa Inês, no Bom Retiro (Foto: Rubens Cavallari/Folhapress)

Enquanto guia os visitantes, Stamatia é cumprimentada por conhecidos na rua –um deles brinca que ela é praticamente uma “embaixadora” do bairro.

O próximo tour será neste sábado (27), às 14h, e custa R$ 50 por pessoa.

Inscrições pelo email kouli@uol.com.br ou via direct no Instagram @sobolharessp.

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Refugiados da Síria e do Congo vendem comida e artesanato em feira no metrô Santa Cruz https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/refugiados-vendem-comida-siria-e-tecidos-africanos-em-feira-no-metro-santa-cruz/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/10/04/refugiados-vendem-comida-siria-e-tecidos-africanos-em-feira-no-metro-santa-cruz/#respond Mon, 04 Oct 2021 20:31:38 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/2ca6177bf0f83f4b81cb09f1761a5453064cffa8854764c3ad883be090ff8442_60776504a437d_Easy-Resize.com_-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=352 Doces e salgados sírios, perfumes e artesanato árabes, tecidos africanos. Estes produtos estão à venda ao longo desta semana na Feira Cultural de Refugiados, na praça da estação do metrô Santa Cruz. 

A congolesa Prudence Kalambay e os sírios Hasan Albadoi e Anas Obaid são os refugiados que mostrarão seus produtos na feira, organizada pelo Instituto Adus, que atende imigrantes em São Paulo desde 2010, com a ViaMobilidade, concessionária responsável pela Linha 5-Lilás de metrô.

A  Feira Cultural de Refugiados vai até sexta-feira (8), das 10h às 16h. 

Feira Cultural de Refugiados: praça da Estação Santa Cruz de metrô; até 8.out

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Iraniana vende pães persas em São Paulo, com recheios como tâmara, cúrcuma e geleia de cenoura https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/08/04/iraniana-vende-paes-persas-em-sao-paulo-com-recheios-como-tamara-curcuma-e-geleia-de-cenoura/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/08/04/iraniana-vende-paes-persas-em-sao-paulo-com-recheios-como-tamara-curcuma-e-geleia-de-cenoura/#respond Wed, 04 Aug 2021 16:46:58 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-07-20-at-16.28.34-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=324 Sempre presente na mesa dos iranianos, o pão é também um alimento cheio de simbolismo no país. “No Irã, você nunca verá um pedaço de pão caído na rua. Se alguém encontrar um pão no chão, pega rápido e deixa em um lugar alto, para que ninguém pise e um passarinho ou formiga possa comer. Temos muito respeito pelo pão”.

Quem conta é Roghayeh Jamaly, 45, iraniana que vive em São Paulo e vende os pães que aprendeu a fazer em sua terra para clientes brasileiros.

Guia de turismo, ela trabalha levando brasileiros para conhecer o Irã. Com a baixa da atividade durante a pandemia, Jamaly começou a fazer pães e doces artesanais, inicialmente para presentear os amigos.

Surgiu assim o negócio Nun Jun Pães Persas, no qual vende pães com recheios como geleia de cenoura, purê de maçã, cúrcuma, tâmara, nozes e baunilha.

“Os brasileiros que não conhecem o Irã dizem que não imaginavam que dava para colocar esses ingredientes no pão”, conta. “Eles comentam que acham diferentes, leves os nossos pães.”

Nun barbari, pão salpicado com gergelim típico do Irã (Foto: Divulgação Nun Jun Pães Persas)

No cardápio, há também doces como os bolinhos aromatizados com água de rosas.

Jamaly mora no Brasil desde 2012. Veio para estudar língua portuguesa na PUC-SP e acabou ficando. “Gostei do país e do povo lindo”, afirma. 

Ela aprendeu a fazer alguns pães com sua mãe e, durante a pandemia, aprimorou as técnicas em um curso online.

Segundo Jamaly, os ingredientes usados nos preparos são de qualidade, como ovos caipiras, azeite extravirgem e mix de farelos e farinhas. “Me preocupo com a saúde dos meus clientes. E o mais importante: faço tudo com muito amor e carinho. Acho que isso dá uma energia positiva para quem come um pedaço dos meus pães.”

Nun Jun Pães Persas: www.instagram.com/nunjunpersa; (11) 95834-0812

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Refugiado sírio vende pela internet zaatar caseiro, tempero do Oriente Médio https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/07/30/refugiado-sirio-vende-pela-internet-zaatar-caseiro-tempero-do-oriente-medio/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/07/30/refugiado-sirio-vende-pela-internet-zaatar-caseiro-tempero-do-oriente-medio/#respond Fri, 30 Jul 2021 20:19:44 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-30-at-17.14.55-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=314 Tomilho, em árabe, se chama zaatar. É essa planta a base do tempero de mesmo nome, um dos mais essenciais da culinária sírio-libanesa. 

Sem conseguir encontrar zaatar de qualidade com bom preço em São Paulo, o sírio Husam Hazimeh, 31, decidiu fazer o seu próprio. Recorreu à receita do pai, que tem um restaurante em Guarulhos, onde eles moram desde 2014, depois que chegaram ao Brasil como refugiados de guerra.

Surgiu então o Zatar Verde, produto feito por ele, embalado e vendido por atacado, para restaurantes, e também em porções menores, para o consumidor final (de 125 g, R$ 30, e 250 g, R$ 50). O nome é uma referência a um dos tipos do tempero. O outro é o zaatar negro, feito com melado de romã, em vez de sumac, como no caso do verde.

O sírio Husam Hazimeh, que criou o Zatar Verde (foto: Divulgação)

O sumac usado por Husam vem do Líbano e é outro ingrediente fundamental do zaatar. “É ele que vai dar um sabor azedo natural e fresco. Não é igual ao do ácido cítrico, que é químico e faz mal para o estômago”, diz. “Aqui tem sumac, mas não tem muito sabor, apenas cor, não fica gostoso e é muito caro.”

Husam conta que o zaatar foi inventado no campo, para conservar ervas para serem consumidas no inverno. “Ele reflete a resistência do povo, pois é uma comida que tem muito valor nutricional. Leva gergelim, farinha de grão de bico e de rosca, sal. Pode ter coentro, pistache quebrado, até coco ralado, mas aí fica mais doce. Alguns gostam de colocar orégano também, para amplificar o sabor do tomilho, que é uma planta da mesma família.”

O zaatar é consumido tradicionalmente com pão sírio e azeite ou na famosa esfiha com esse sabor. Também pode ser adicionado a carnes e ao molho de saladas, entre outros pratos, e entra no preparo do queijo árabe chancliche.

“Todo restaurante na Síria tem zaatar. O legal é que o zaatar de Damasco é diferente do de Aleppo, por exemplo. Em Aleppo é mais comum o zaatar negro. O verde tem mais na Palestina, no sul do Oriente Médio”, conta Husam.

Ele conta que partiu da receita do pai para testar combinações diferentes, até chegar à que ele vende hoje. “Minha mãe fala até que eu consegui melhorar um pouquinho a receita original”, diz, rindo. 

No Instagram do Zatar Verde, ele dá dicas de consumo. O produto pode ser enviado para qualquer cidade do Brasil.

Zatar Verde: zatar-verde.goomer.app e www.instagram.com/zatarverde

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SP ganha delivery de comidas africanas feitas por imigrantes https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/07/19/sp-ganha-delivery-de-comida-africana-feita-por-imigrantes/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2021/07/19/sp-ganha-delivery-de-comida-africana-feita-por-imigrantes/#respond Mon, 19 Jul 2021 21:48:07 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-19-at-18.17.39-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=303 Das muitas culinárias do mundo disponíveis em São Paulo, a dos imigrantes africanos é uma das menos difundidas. Uma chance de conhecer pratos de países como República Democrática do Congo, Angola e Costa do Marfim é acompanhar a programação do Espaço Wema (@espacowema no Instagram), um delivery de comida típica preparada por refugiados e imigrantes vindos desse continente. 

Nesta quarta (21) é a vez do Senegal, e quem cozinhará é o estilista autodidata Cheikh Gaye Seck, dono de uma loja de moda, artesanato e outros artigos africanos na praça da República.

 

O thiébou guinar, prato típico do Senegal (Foto: Salim Mhanna/Divulgação)

 

O prato é o thiébou guinar senegalês (frango ao molho com cenoura, repolho branco, mandioca, berinjela e tomate, acompanhado de arroz, hortaliças e especiarias). Há uma versão vegana —o projeto sempre oferece opção para quem não come produtos de origem animal.

Idealizado pela congolesa Hortense Mbuyi junto com a plataforma Deslocamento Criativo, que conecta refugiados e imigrantes à economia criativa na cidade, o projeto foi nomeado com uma palavra na língua suaíli: wema significa “bondade”.

Os jantares são preparados uma ou duas vezes ao mês na Ocupação 9 de Julho, no centro, e oferecidos sempre às quartas-feiras, ao preço de R$35 por prato, mais a taxa de entrega.

O senegalês Cheikh Gaye Seck, que preparará o prato desta quarta

 

A partir de agora, será possível agendar também uma experiência presencial para grupos de até 20 pessoas, na ocupação ou em residências, empresas e outros espaços. Será uma degustação com a história da comida e do país de origem do chef.

Para o delivery desta semana, é preciso reservar o pedido até as 12h do dia 21 (quarta), neste link.

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Colombiano abre restaurante em Pinheiros inspirado em García Márquez https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/11/02/colombiano-abre-restaurante-em-pinheiros-inspirado-em-garcia-marquez/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/11/02/colombiano-abre-restaurante-em-pinheiros-inspirado-em-garcia-marquez/#respond Mon, 02 Nov 2020 10:00:11 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/macondo1-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=286 Trabalhando com comida típica de seu país há cinco anos em São Paulo, o colombiano Jair Abril Rojas tinha a intenção de abrir um restaurante próprio em 2021. A pandemia antecipou seus planos: com a suspensão dos eventos em que fazia catering e o fechamento de espaços onde tinha trailers, ele decidiu montar um espaço fixo já neste ano e acaba de inaugurá-lo. 

O Macondo Raízes Colombianas foi aberto em outubro no bairro de Pinheiros. A fachada amarela, com grandes pássaros coloridos pintados pelo artista brasileiro Rafael Shine, chama a atenção na esquina da rua Cardeal Arcoverde com a Joaquim Antunes.

Além do nome do negócio —uma homenagem à aldeia fictícia criada pelo escritor Gabriel García Márquez—, a decoração interna remete ao universo do realismo fantástico de seu livro “Cem Anos de Solidão”. 

“Sempre quis apresentar a riqueza cultural colombiana, as cores, a literatura. Na decoração interna colocamos gaiolas abertas com flores, quadros de mulheres negras, algumas frases do livro”, diz Jair.

Para se adaptar aos tempos de pandemia, eles estão funcionando com 60% da capacidade (que é de 50 pessoas, no total), fizeram um treinamento específico de cuidados sanitários para os funcionários e fornecem álcool em gel, entre outras medidas.

O cardápio tem clássicos mais conhecidos do brasileiros, como arepas (o carro-chefe), empanadas, ceviches e patacones, e outros menos difundidos por aqui, como tamales (uma espécie de pamonha recheada), bandeja paisa (um “PF” típico) e ajiaco (sopa de batatas com frango). Para beber, a famosa limonada de coco e sucos de frutas colombianas.

Jair Rojas, colombiano dono do restaurante Macondo (Foto: Miguel Castaño/Divulgação)

Jair chegou ao país em 2012, como refugiado, e depois se casou com uma brasileira. Trabalhou inicialmente como cozinheiro em restaurantes baianos e vê semelhanças dessa culinária com alguns pratos colombianos —como o buñuelo de frijol cabecita negra, feito com feijão fradinho e típico do norte da Colômbia, que lembra o acarajé. 

Ele pretende usar seu novo espaço para promover eventos e parcerias com outros cozinheiros imigrantes e refugiados.

O restaurante também trabalha com entregas e com retirada no local.

Macondo Raízes Colombianas. R. Cardeal Arcoverde, 1361, Pinheiros, São Paulo. (11) 98616-4184 @macondo_raizes_colombianas

 

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Imigrantes oferecem delivery de comidas do mundo com playlist de músicas típicas em SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/08/03/imigrantes-oferecem-delivery-de-comidas-do-mundo-com-musica-tipica-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2020/08/03/imigrantes-oferecem-delivery-de-comidas-do-mundo-com-musica-tipica-em-sp/#respond Mon, 03 Aug 2020 20:32:22 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-07-28-at-21.15.09-300x215.jpeg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=263  

 

Um dos pratos servidos no delivery é o kharcho, da Armênia; feito com frango, champignon, batata e lentilha, é acompanhado de arroz com passas, ameixa e amendoim (Foto: Divulgação)

Capitaneado pela refugiada síria Joanna Ibrahim, o projeto Open Taste, que treina cozinheiros refugiados e imigrantes para trabalhar com catering em eventos, se preparava para abrir um restaurante em São Paulo quando veio a pandemia.

Com as restrições ligadas à quarentena, a empresa social adaptou seus planos e lançou, no mês passado, um delivery de comidas do mundo.

A cada dia da semana, é oferecido o cardápio de um país: México às segundas-feiras, Síria às terças, Armênia às quartas, Congo às quintas, Venezuela às sextas e Colômbia aos sábados.

 

A cozinheira síria Salsabil em um dos eventos do Open Taste (Divulgação)

 

 Um detalhe simpático: o cliente ganha o link para uma playlist do país de origem dos chefs, para acompanhar a refeição com músicas típicas.

O Open Taste também criou cursos virtuais para quem quer aprender a fazer em casa alguns dos pratos feitos por imigrantes. Entre as opções, burritos mexicanos, patacones colombianos e tequenhos venezuelanos.

Delivery de comida pelo aplicativo iFood neste link

Cursos online de gastronomia neste link

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‘Hallaca’: prato símbolo do Natal da Venezuela é especialidade de imigrante em SP https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/24/hallaca-prato-simbolo-do-natal-da-venezuela-e-feito-por-imigrante-em-sp/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/24/hallaca-prato-simbolo-do-natal-da-venezuela-e-feito-por-imigrante-em-sp/#respond Tue, 24 Dec 2019 14:28:54 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/c6bd119c4119ef8e354a96115fcebe736c5b1dca842d80c4f1b628fe1c1827dd_5dd96c2cbcb6f_Easy-Resize.com_-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=170 Na Venezuela, além do presépio, da árvore e do Papai Noel, um dos grandes símbolos do Natal é a hallaca: uma massa de milho envolta em folhas de bananeira, parecendo uma pamonha, recheada com um guisado à base de vários ingredientes. Mais do que a comida em si, o ritual do preparo é o mais marcante nesse prato. A tradição é que toda a família se una para prepará-lo, cada um sendo responsável por uma parte do processo. 

A venezuelana Carmen López, uma das muitas imigrantes que vieram recentemente para o Brasil fugindo da crise humanitária, especializou-se em fazer esse prato em São Paulo. 

Formada em administração, ela estudava direito e era gerente-geral de uma grande rede de lojas em seu país. Chegou a São Paulo sozinha, em 2016. Achou que o mercado de trabalho seria mais fácil aqui. Foi atendente de lanchonete e garçonete, até que decidiu viver de fazer hallacas por encomenda. 

Ela conta que a história das hallacas começa na época da colonização espanhola. “Os índios, que se tornaram escravos, pegavam as sobras da comida dos espanhóis, misturavam com uma massa, que na época era de trigo, e envolviam em folha de bananeira. E assim foi evoluindo”, diz.

 

As hallacas vêm embrulhadas em folhas de bananeira (Foto: Nehopelon/Stock.Adobe)

Os recheios que Carmen faz misturam carne de porco, de frango e de boi, verduras diversas e ingredientes como alcaparras e azeitonas. Na hora de comer, basta jogar o embrulhinho em uma panela com água quente, retirar e abrir o envoltório. 

“Você sente esse espírito do Natal, porque todo mundo da família faz junto. Participam a avó, a filha, o neto. Um se encarrega de picar a carne; outro, as verduras; outro, de arrumar as folhas de banana da terra; o outro amarra a linha, e por aí vai. É algo que você lembra por toda a vida.”

No caso dela, essa magia natalina dura o ano todo. A venezuelana entrega os pedidos em estações de metrô e também faz comida para eventos. 

Você pode conhecer outros venezuelanos que vendem comida típica em São Paulo neste link.

Carmen López- Hallaca Yo
facebook.com/hallacayo.comida
(11) 98768-7893

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Conheça refugiados que fazem comida por encomenda para Natal e Ano-Novo https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/18/refugiados-fazem-comida-por-encomenda-para-natal-e-ano-novo-conheca-8/ https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/2019/12/18/refugiados-fazem-comida-por-encomenda-para-natal-e-ano-novo-conheca-8/#respond Wed, 18 Dec 2019 15:31:44 +0000 https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/razancomidaarabe-300x215.jpg https://babelpaulistana.blogfolha.uol.com.br/?p=139 Pastinhas sírias ou pãezinhos paquistaneses para as entradas da ceia de Natal? Torta venezuelana de sobremesa? Finger food peruana para a festa de Ano-Novo? Quem quiser variar o cardápio das festas de fim de ano pode encomendar comida de alguns dos muitos refugiados e imigrantes que recorreram à culinária para recomeçar a vida no Brasil. Veja oito opções em São Paulo.

Razan Comida Árabe

Kibe recheado (Foto: Divulgação/Razan Comida Árabe)

No Brasil desde 2014, a síria Razan Suliman faz por encomenda salgados, pastas como homus e coalhada e pratos como a carne no molho de coalhada e o arroz com carne, berinjela e amêndoas. O cardápio também tem os tradicionais doces sírios, como o ninho de nozes e de pistache.

facebook.com/razancomidaarabe/
Tel. (11) 99880-8496 

Hallaca Yo

A venezuelana Carmen Lopez com as hallacas (Foto: Rubens Cavallari/Folhapress)

A venezuelana Carmen Lopez se especializou em um prato de Natal venezuelano, a hallaca: massa de milho recheada e envolta em folhas de bananeira que pode vir com vários recheios (frango, porco, carne vermelha, verduras, abacate, queijo etc.). Ela também faz por encomenda outro quitute natalino de seu país, o pan de jamón —pão recheado de presunto, passas e azeitonas.

facebook.com/hallacayo.comida
(11) 98768-7893

Omaysh Comida do Paquistão

Pratos paquistaneses do Omaysh (Foto: Divulgação)

No Brasil desde 2016, a paquistanesa Ayesha Saeed vende por encomenda pratos da culinária de seu país e da Índia. Entre as opções, samosa de legumes (espécie de pastel típico) com molhos orientais, pães paquistaneses assados na hora e carne de boi, frango ou carneiro lentamente cozida com ossobuco em especiarias. Há pratos pouco ou nada apimentados e opções para veganos e vegetarianos, como o veg curry.

instagram.com/comidadopaquistao/
(11) 94299-4130

Limar Comida Árabe

Os sírios Omar Suleibi e Kenanh Neimi, que fazem pratos por encomenda (Ronny Santos/Folhapress)

O negócio foi batizado com o nome da filha do sírio Omar Suleibi, que é de Damasco e está no Brasil há cinco anos. Entre as opções do cardápio, há clássicos como tabule, esfihas, kibe cru e kafta, além de sanduíches, sopa de lentilhas e o Limar Prato Especial, feito com frango e vegetais.

instagram.com/limarcomidaarabe/
(11) 94897-4258

Cena

Ceviche feito pelo peruano Victor Lopez (Foto: Divulgação)

A celebrada culinária peruana pode ser encomendada do cozinheiro Victor Lopez, que vive no Brasil desde 2014. Entre as opções, na forma de pratos ou finger food, há ceviche clássico ou vegetariano (de beterraba, pepino e avocado), salada de três quinoas com tangerina e causa com tartar de peixe do dia com maionese de ervas frescas. Ele também trabalha como personal chef e oferece vale-aulas de culinária como presente.

facebook.com/cenacozinha/
instagram.com/
cenacozinha
Tel. (11) 97572-5421

Tentaciones da Venezuela

O pan de jamón (pão de presunto) é típico do Natal venezuelano (Foto: Divulgação/Tentaciones da Venezuela)

Moradora de São Caetano, a venezuelana Yilmari de Perdomo faz pratos típicos como pernil ou frango temperado, pão de presunto, hallacas (massa de milho recheada) e salada de frango com batata, maçã e cenoura. De sobremesa, torta negra de Natal (feita com castanhas, uísque e frutas cristalizadas) e doce de papaia verde.

facebook.com/tentacionesdavenezuela/
Tel.
(11) 94932-7060

Talal Culinária Síria

Comidas feitas por Talal Al Tinawi (Foto: Divulgação)

A família do sírio Talal Al Tinawi, que já teve um restaurante na zona sul, hoje trabalha com comida para entrega e almoços e jantares organizados em sua casa. Os pratos podem ser encomendados separadamente ou em pacotes com um preço fechado por pessoa. Salgados como esfiha e kibe vêm também na versão mini.

facebook.com/talalculinariasiria
instagram.com/talal_culinaria_siria/

Tel. (11) 96622-1305

Nossa Janela

Arepa, feita com milho, é típica da Venezuela (Foto: Karime Xavier/Folhapress)

Os venezuelanos Carlos Escalona e Marifer Vargas fazem sanduíches orgânicos, arepas (discos de farinha de milho recheados) e outros pratos para eventos e por encomenda. Para o Natal, oferecem o pan de jamón (pão de presunto) e a torta negra, dois quitutes típicos desta época do ano em seu país.

facebook.com/nossajanelasp/
instagram.com/nossajanelasp/
(Tel. (11) 94646-9511 

 

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